quarta-feira, 14 de julho de 2010

Gastronomia Limanha

Agora que temos os dias contados nesta cidade, estamos a tentar aproveitar ao máximo o facto de vivermos na capital mundial da gastronomia, como lima se intitula. Quase que temos uma agenda com o roteiro de restaurantes.

Domingo fomos ao Canta Ranita, uma espécie de barraca montada dentro do mercado de Barranco. É o restaurante "filho" do famoso Canta Rana (que provei com os meus pais e também recomendo). Os donos são os mesmos e o tema da decoração também: futebol, mas o ambiente é todo mais informal, uma vez que está no meio de um mercado e os poucos pratos que oferece são muito mais simples.

O mais famoso é o ceviche apaltado (com abacate) que não achei nada de especial. O arroz de marisco é que estava muito bom mas o melhor de tudo ainda era o ambiente. É um restaurante só de locais, toda a gente se cumprimentava e conversava entre as mesas e era difícil distinguir os empregados dos clientes, (os empregados sentavam-se para comer e os clientes entravam na cozinha para se servirem de mais uma cerveja).

Claro que uma refeição em Lima não acaba sem vir a bela da banda tocar umas musicas e animar a malta a troco de uns soles que ninguém se atreve a não pagar no final da actuação.

Não satisfeita com o pratão que me serviram, ainda comi um cheesecake de lúcuma, uma fruta peruana que se tornou num vicio estes últimos meses.

Escusado será dizer que acabei o dia a correr na marginal de Miraflores.

Segunda feira marcámos encontro às 9 da manhã no café Arábica, o tipo de café onde se fica meia hora a olhar para a montra a tentar decidir que bolo vamos pedir e só nos damos por contantes quando já provámos todos.

Depois de chocolates quentes, capuccinos, tartes de maçã, bolos de maracujá e algum estudo (objectivo principal) decidimos ir almoçar ao porto de Chorrillos. ao “El Morocho”.

Quem me deu a dica do restaurante foi um peruano que trabalha no hostel onde vivem o Duarte e o Diogo: “é um primeiro piso não tem sinal nenhum, as pessoas só sabem do restaurante boca-a-boca! E tem o melhor ceviche que já comi!”. Tinha razão em tudo e se não fosse o mapa que me tinha desenhado nunca tínhamos encontrado o lugar.

Era como que uma cabana montada em cima de um prédio em obras com uma bonita vista para o mar.

Eu pedi um “picante de marisco” que me deixou muito feliz. Picante não quer dizer que se vai terminar com a boca arder mas sim que vem tudo cortado em bocados pequenos, picado!

No final o empregado não resistiu a perguntar-nos: “Quem é que vos recomendou este restaurante?”. Quando lhe falei do homem do hostel soube logo quem era.

Na quarta-feira foi a vez de provar anticuchos: espetadas de coração de vaca. Os mais conhecidos de Lima são os grelhados à frente de casa da Vannesa por quatro cozinheiros ambulantes que das 8h da noite até às 11h montam o estaminé e servem anticuchos, por vezes a uma fila que pode levar mais de uma hora.
Comi proteína suficiente para o resto do mês!

1 comentário:

  1. mesmo sem fotografias adorei os ultimos post... deve ter sido de ter estado ai estou a vibrar com os ultimos dias, as ultimas experiencias, os ultimos sabores, as ultimos sensaçoes, as ultimas conversas, como se fosse comigo!!! e claro, com o final do semestre, as boas notas, e as merecidas ferias. aproveitou mesmo tudo, em cheio! Grande escolha... e ja agora, a palavra ultima nao é muito feliz... viagens baratas, espirito aventureiro, lima sera certamente um ponto onde voce vai voltar! grande bejinho mumi

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