terça-feira, 4 de maio de 2010

Comboio Lima Huancayo

Como este sábado foi dia do trabalhador não tive pratica de finanças corporativas, ou seja, pirei-me de Lima. O plano era apanhar o comboio de Lima até Huancayo, uma viagem que já conhecia pelas bonitas paisagens.

Eu e a Vannesa fomos as primeiras a comprar os bilhetes e a passar a palavra. No final éramos um grupo de 20 pessoas.

Arrancámos ás 7 da manha, da estação dos Desamparados, no centro de Lima, que só funciona duas vezes por mês, quando este comboio sai.



Parámos a primeira vez para ver como passavam a locomotiva de uma lado do comboio para outro, para podermos prosseguir no sentido contrário sem ter de fazer uma curva de 180 graus.

Quando as montanhas começaram a ficar maiores o comboio começou a subi-las de uma forma totalmente nova para mim: aos zig-zags, ou seja, para a frente e para traz encosta acima!

Parámos a segunda vez na estação mais alta do mundo, em Galera, a 4.780 metros. O tempo tinha mudado completamente: estava a nevar e fazia imenso frio.


Na estação mais alta do mundo!

Uma das partes impressionantes da viagem foi passar por La Oroya. Para muitos desconhecida, esta cidade no meio dos Andes, devido a toda a exploração mineira que tem libertado um monte de substâncias como químicas, tem agora o titulo de "a mais poluida no mundo".

As duas ultimas carruagens do comboio eram um bar e uma varanda, às quais só a primeira classe deveria ter acesso mas claro que nós furamos o sistema.

Chegou uma banda e umas animadoras que anunciaram um concurso de dança. Eu e o Mattias resolvemos participar, e com a claque que formou o nosso grupo, no final não foi difícil ganhar um belo jantar num restaurante em Huancayo.


Enquanto dançávamos...

A animação continuou até chegarmos ao nosso destino, às 7 da tarde.

Liguei ao Jheyson, o nosso contacto do CouchSurfing (para quem não sabe o que é aqui está o link: www.couchsurfing.org) para me dar a morada de sua casa. Só tive lata para pedir alojamento para mim, para a Vannesa, para a Marketa e para o Mattias. Apanhámos um táxi e esperámos a Sr. Flor, a mãe do Jheyson, à porta de casa. Ela apareceu logo, toda feliz de estarmos ali. Sentou-nos na cozinha e não descansou enquanto não estivéssemos cheios de pão e queijo.

Ficámos à conversa até às 10 da noite, quando chegou o nosso anfitrião do trabalho.

Saímos todos, inclusive a mãe, para uma peña (bares com musica ao vivo) onde provámos alguns tipos de calientito, uma bebida preparada com um licor à escolha (pode ser rum, vodka, pisco...), chá e açúcar.

Depois de algumas danças decidimos que íamos continuar o serão em casa. Comprámos uma garrafa de rum e chegados à sua cozinha o Jheyson ensinou-nos a fazer calientito. Sentámo-nos na sala à conversa enquanto o Jheyson e o Mattias tocavam viola.


Como acabámos a noite na sala de casa do Jheyson

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